O Programa de Pós-graduação em Música da UFMG dispõe de uma sólida infraestrutura de apoio à pesquisa artística, científica e tecnológica, composta por Laboratórios Institucionais de Pesquisa (LIPq) e por um Centro Institucional de Pesquisa (CIPq), todos reconhecidos conforme as normativas vigentes da Universidade. Essas estruturas são fundamentais para o desenvolvimento das atividades acadêmicas, oferecendo suporte qualificado a discentes e docentes e fomentando a excelência e a inovação na produção de conhecimento. Esses espaços se caracterizam por serem altamente equipados e por abrigarem projetos financiados por agências de fomento como o CNPq e a FAPEMIG, refletindo o compromisso do Programa com a qualidade e o impacto de sua produção acadêmica.
A seguir, apresentamos os laboratórios e centros vinculados ao PPGMUS, com breves descrições de seus objetivos, equipamentos e áreas de atuação.
Anteriormente denominado “Laboratório de Gravação e Sonorização de Espetáculos”, o LGPM integra o Centro de Pesquisa em Música Contemporânea (CPMC) e funciona de maneira integrada ao Auditório Fernando Mello Vianna, da Escola de Música da UFMG. O LGPM conta com sala acusticamente tratada e equipamentos de alto-nível para captura, registro, produção, pós-produção e sonorização. O laboratório possibilita gravações de espetáculos realizados no auditório da Escola de Música além de outras atividades de ensino, pesquisa e extensão relacionadas à gravação e à produção musical, dando apoio a atividades diversas do PPGMUS.
Anteriormente denominado “Laboratório de Computação, Síntese e Processamento de Som”, o CEGeME está diretamente associado a um Grupo de Pesquisa homônimo e também integra o conjunto de laboratórios do Centro de Pesquisa em Música Contemporânea (CPMC) da Escola de Música da UFMG. Desde 2010, o CEGeME realiza projetos de pesquisa empírica e interdisciplinar voltadas à performance musical com foco em diferentes aspectos da expressividade. O laboratório conta com projetos financiados pelo CNPq e é equipado com equipamentos de captura de movimento – OPTOTRAK / CERTUS e OPTITRAC / NATURAL POINT – e equipamentos e aplicativos computacionais de alto desempenho voltados ao registro e processamento de áudio/vídeo e para o tratamento de dados numéricos obtidos por descritores de áudio e movimento.
O LaPIS serve de espaço a um Grupo de Pesquisa homônimo e também faz parte do conjunto de laboratórios do Centro de Pesquisa em Música Contemporânea (CPMC) da Escola de Música da UFMG. O laboratório abriga diversos projetos financiados pelo CNPq e conta com sistema de projeção sonora multi-canal, computadores de alto-desempenho, microfones, mesa de som, sensores diversos, subwoofer e sistema de projeção audiovisual, dando suporte a pesquisas e ações/projetos de ensino/extensão voltados: aos sistemas musicais interativos, à pesquisa em interfaces multimodais, à recuperação multimodal de informações musicais e a outras pesquisas nos campos da Sonologia, da Composição e da Computação Musical.
O Espaço de Criação e Investigação Sonora (ECrIS) é um dos laboratórios do Centro de Pesquisa em Música Contemporânea (CPMC), da Escola de Música da UFMG, abrigando o Grupo de Pesquisa em Criação e Investigação Sonora (CrIS), credenciado no CNPq.
Anteriormente denominado Laboratório de Música Eletroacústica (2014-2022), o ECrIS recebeu seu nome atual em 2022, visando abarcar pesquisas voltadas à pluralidade de práticas artísticas e abordagens investigativas relacionadas à música e às artes sonoras na atualidade.
O laboratório é equipado com sistema de projeção de áudio multicanal (8 vias) e conta com sistema de projeção de áudio 12.1, projetores de vídeo, mesa de mixagem digital de 16/16 canais, interface de áudio de 8/8 canais analógicos e computador iMac 27 polegadas.
Desde 2014, o laboratório abrigou mais de 5 projetos de pesquisa financiados pela FAPEMIG e pelo CNPq, com temáticas de pesquisa voltadas à espacialização sonora, à música audiovisual, ao desenvolvimento/aplicação artística de processos de interação audiovisual e ao desenvolvimento/aplicação artística de processos de escuta/aprendizado de máquina. Desde sua fundação, com o nome anterior, o laboratório subsidiou pesquisas relacionadas a 15 dissertações de mestrado e 8 teses de doutorado, e atualmente dá suporte a diversos projetos, em andamento.
Devido a sua característica híbrida em que ao mesmo tempo serve de espaço criativo/investigativo mas também permite apresentações artísticas abertas à comunidade externa, o ECrIS já deu suporte a diversas composições, projetos criativos e estreias. Apenas nos últimos 3 anos (2022-2024), foram estreadas mais de 40 obras originais baseadas em processos de pesquisa-criação e/ou pesquisa baseada na prática envolvendo novas tecnologias de espacialização sonora, música audiovisual, computação musical em tempo real, computer-vision, processos audiovisuais interativos, computação criativa, novos instrumentos/interfaces musicais, escuta/aprendizado de máquina, dentre outras tecnologias aplicadas à criação artística.
Espaço dedicado às pesquisas da Linha Música e Cultura contendo, em seu acervo, documentação de conteúdo musicológico como, por exemplo, entrevistas registradas em suporte audiovisual com músicos brasileiros dentre os quais Eduardo Álvares, Eduardo Bértola, Edino Krieger, Vasco Mariz, Carlos Kater, Luciano Berio e Hans-Joachim Koellreutter, além de microfilmes de documentos musicais do século XVIII e XIX produzidos no Brasil. Constam também coletâneas em suporte audiovisual de culturas musicais tradicionais, além de equipamentos adquiridos por projetos de pesquisa para viabilizar a produção de vídeos etnográficos desenvolvidos pelos docentes e discentes do Programa. O laboratório abriga os Grupos de Pesquisa: 1) Grupo de Etnomusicologia e 2) CEAMM – Centro de Estudos dos Acervos Musicais Mineiros.
Desenvolvem-se atividades de pesquisa e de extensão promovidas pelo Programa de Extensão Selo Minas de Som (vinculado ao PPGMUS), e do Projeto VivaMúsica. O Laboratório conta com 3 computadores, 1 scanner, 3 impressoras, 3 aparelhagens de som (MidiaPlay) e 1 piano Disklavier. No laboratório estão acondicionados os equipamentos portáteis de gravação fonográfica do Selo Minas de Som, uma mesa de gravação, 10 microfones, caixas de som e fones de ouvido. O piano Disklavier é utilizado para a avaliação das performances e para o acompanhamento de ensaios de alunos de Canto e de ensaios anteriores às gravações pelo Selo Minas de Som. O laboratório, inicialmente vinculado à linha de pesquisa Performance Musical, tem sido utilizado também por pesquisadores de outras linhas, como Educação Musical e Sonologia.
Integrado em 2016 à Rede de Museus da UFMG, o Acervo Curt Lange é considerado um dos mais importantes acervos brasileiros para pesquisas musicológicas. Tradicionalmente coordenado pelos professores da linha Música e Cultura, tornou-se um espaço de referência para reuniões de pesquisas, colóquios e minicursos vinculados ao PPGMUS. Numa descrição sumária, ressaltamos que o acervo reúne a série Correspondência com mais de 100 mil títulos, além de livros raros, partituras e manuscritos de trabalhos científicos.
O CMI – Centro De Musicalização Integrado foi criado em 1985 como projeto de extensão e, devido à sua expansão, recebeu o status de órgão complementar da Escola de Música da UFMG, em 2014. Todo este processo tem gerado uma ampliação maciça de suas linhas de ação, principalmente a intensificação de sua vocação para sediar pesquisas de graduação, iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado. Desde 2014, já houve, no CMI, cerca de 40 pesquisas voltadas, principalmente, para as seguintes temáticas: (1) desenvolvimento cognitivo-musical, (2) música e autismo, (3) formação do professor de música, e (4) musicoterapia. Além disso, o CMI tem promovido, anualmente, eventos científico-acadêmicos, contando com a presença de convidados nacionais e internacionais, e produzido livros e artigos.
