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Harmonia I
aula 11 [parte 1] - escrita coral a 4 vozes; uso de inversões; dobramentos/omissões
José Henrique Padovani
organização geral:
1. parte 1 - escrita coral a 4 vozes
2. parte 2 - uso de inversões; dobramentos/omissões; instruções para EF4
tópicos:
1. âmbito (soprano, contralto, tenor e baixo)
2. distância e posicionamento das vozes
3. movimentação melódica
4. saltos
5. soprano, baixo e vozes intermediárias: características gerais
1. âmbito
A escrita coral em estilo homofônico bachiano, é constituída por 4 vozes: soprano, contralto, tenor e baixo
Embora diferentes compositores tenham circunscrito a extensão vocal na escrita dessas vozes a diferentes âmbitos
2. distância e posicionamento das vozes
Nos corais bachianos a distância entre tenor-contralto e contralto-soprano não excede, em situações usuais, uma oitava.
Já a distância baixo-tenor pode chegar a duas oitavas.
ex.:
ex.:
Quanto ao posicionamento das vozes, diz-se que elas estão:
...em posição fechada quando, entre soprano-contralto-tenor, as notas do acorde estão distribuídas de maneira contígua
...e em posição aberta, quando entre uma voz e outra adjacante, há pelo menos uma nota do acorde que não é cantada
ex.:
3. movimentação melódica
A movimentação entre duas vozes é classificada da seguinte maneira:
No estilo de corais homofônicos bachianos, sempre é interessante não comprometer a independência entre as vozes.
Nesse sentido, é bom: dar preferência a movimentos contrários; evitar paralelismos muito longos; evitar sequências (inclusive por movimentos oblíquos) muito longas/previsíveis.
5
5
Entre outras vozes, 5
4. saltos
Linhas melódicas são constituídas de movimentos contíguos e de saltos entre notas da escala.
De maneira geral, soprano, contralto e tenor tendem a ter linhas melódicas mais contínuas que aquelas do baixo (onde ocorrem mais saltos)
Um princípio geral importante a se considerar é que saltos
Um exceção relevante é a ocorrência de saltos simultâneos
Para outras considerações importantes a respeito do tratamento de saltos na escrita homofônica bachiana, ver ítem 14 da Unidade 6 (“Procedures of Four-Part Writing”, em Harmony and voice leading de Schachter e Aldwell
...e, no livro de De La Motte, a seção sobre condução de voz (“voice leading”) do 1
5. soprano, baixo e vozes intermediárias: características gerais
Soprano e baixo merecem uma atenção especial na escrita homofônica em estilo bachiano, destacando-se consideravlemente do tratamento dado às vozes intermediárias.
Sendo voz a mais aguda, e portanto a mais exposta, a soprano sustenta a linha melódica principal. A maioria das boas linhas de soprano tem uma preponderância de movimentação contígua, mas a inclusão de um ou mais saltos será ajudar muito em criar interesse e variedade à linha. Por outro lado, muito movimento disjunto [i.e., saltos] poderá fazer com que a linha se mantenha conectada e pode torná-la difícil de ser cantada. (...)
Tendo em vista que a nota mais grave é um membro crucial do acorde, a voz do baixo tem uma função especial em regular a sucessão dos acordes. Baixo e soprano são interdependentes. O baixo precisa tornar explícito o significado harmônico da soprano. (...) Linhas de baixo são muitas vezes consideravelmente disjuntas, particularmente no fim das frases. A movimentação por grau conjunto, no entanto, (...) pode prover uma boa qualidade à linha.
Linhas intermediárias podem ter um interesse melódico próprio, particularmente em lugares em que a soprano não se move muito. Sua função principal, no entanto, é o de completar as notas do acorde configurado entre baixo e soprano. A posição das vozes extremas pode limitar as possibilidades melódicas das vozes intermediárias, de maneira que a repetição de uma ou mais notas pode acabar sendo inevitável. Tal repetição não será prejudicial se o efeito resultante do baixo e da soprano for bom. Em geral, as vozes intermediárias terão um perfil menos distinto do que soprano e baixo.
ALDWELL, E.; SCHACHTER, C.; CADWALLADER, A. C. Harmony & voice leading. 4th ed ed. Boston, MA: Schirmer/Cengage Learning, 2011. pp. 103–104
Uma boa maneira de compreender as especificidades de baixo/soprano